Thursday, January 04, 2018

Reflexões de 2017

Post anterior eu disse que 2017 não foi um ano ruim. Não foi, mas não foi especial também. Parte tem a ver com o assunto do post anterior também: a dificuldade de me deslumbrar com as coisas. (e a dificuldade de adotar a hashtag gratidão, que me dá uma gastura sem fim).

Vejamos... 2017 teve meu antigo trabalho me chamando de volta. Eu saí do meu cargo em fevereiro de 2016, fiquei 4 meses "desempregada" (ou empregada do lar) e, em junho, me chamaram para fazer freela porque a menina que ficou no meu lugar pediu demissão (percebe, né?). Fiquei de julho 2016 até fevereiro 2017 trabalhando 3 dias na semana, sendo que um de casa. Paraíso na terra, meu povo, isso sim é vida, ainda mais que eu ganhava mais do que o salário anterior, pra fazer a mesma coisa. A única parte ruim é que nos dois dias off, ao invés de fazer algo pra mim (atividade física, curso, massagem, meditação, lavagem cerebral com as séries da Netflix), eu fazia coisas pra família (não sou dessas que faz por prazer não, foi obrigação e sentimento de culpa mesmo). Mas abafa. Então, no dia 1o de março de 2017 voltei a trabalhar full time, ganhando a tão esperada promoção (5 anos tentando!), mas num esquema muito pior, que só percebi mais tarde. Mas abafa (parte 2).

2017 também foi o ano da primeira viagem de férias sem as crianças (já viajei algumas vezes a trabalho). Foi legal, pensei bastante nelas (sem muitas saudades), e sim, quero fazer mais vezes.

E também fui a Las Vegas pela primeira vez, a trabalho. Não detestei o lugar, mas também não amei (velhice...). Mas foi o melhor "momento trabalho" do ano, o time estava mais relax, menos chato, implicante, bizarro. Foi uma feira de licenciamento, que tem uma em Londres também - eu tenho pavor da de Londres, detesto mesmo, mas gostei bastante da de Las Vegas.

Em termos de férias, em fevereiro, um pouco antes de começar meu contrato permanente, a gente levou as meninas num cruzeiro da Disney, saindo por Miami, graças a uns vouchers que ganhamos da American Airlines (passagem de graça). E voltamos recentemente de Natal e Ano Novo em Dubai. Ainda passamos rapidamente por Belfast, um final de semana longo, antes das aulas recomeçarem em setembro.

2017 foi o ano dos 40. O povo adora dizer que a vida começa aos 40, que os 40 são os novos 30, mas como eu gosto de nadar contra a corrente, pra mim os 40 estão sendo o começo do fim. Culpa minha, claro, que nunca cuidei de mim (menos desde que vim morar na Inglaterra; no Brasil achava bem mais fácil), então não dá pra culpar a idade pelas dores, pela dificuldade de levantar quando me sento no chão, pelo cansaço eterno, pelo aumento gradativo de peso que chegou na obesidade (com direito a puxão de orelha da enfermeira que fez o check up), pela memória que está indo embora, pela flacidez,... Mas tudo isso sem crise. É só observação mesmo, do estilo "o céu está azul", "o trem está atrasado", "estou com fome". Às vezes quero fazer algo pra mudar/melhorar; às vezes me irrito, fico com raiva; às vezes só observo mesmo.

2017 também teve suas dificuldades. Mas isso é assunto pra outro post, porque minhas duas estão no meu pescoço e isso me irrita profundamente (papagaio de pirata quando estou escrevendo, mesmo que não entendam o conteúdo).

Hora de dar tchau e botá-las pra dormir!

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Uuuuh, so you decided to comment, huh? Well done!